Hoje é o dia do trabalhador. Apesar das inúmeras homenagens e felicitações que serão compartilhadas e enviadas, a angústia que há algum tempo toma conta dos trabalhadores brasileiros nos garante que não há o que ser comemorado.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem um novo aumento na taxa de desocupação no primeiro trimestre de 2019. Conforme dados divulgados, 12,7% dos brasileiros, 13,4 milhões, estão desempregados. Enquanto o atual governo se envolve cada dia em uma nova polêmica, a economia continua instável e a promessa de um futuro melhor segue incerta.
A Reforma Trabalhista, aprovada em 2017, que prometia ser a solução para superar a crise com a flexibilização de direitos dos trabalhadores, apenas ceifou os direitos que foram duramente conquistados e nunca cumpriu a promessa de gerar 6 milhões de novos empregos. Nesse processo, os sindicatos, que tentaram e tentam lutar pela permanência de direitos, seguem sendo atacados com tentativas de impedi-los de permanecer na luta em defesa dos trabalhadores.
A MP 873/19, publicada no dia 1° de março, pelo atual presidente, altera a Consolidação das Leis do Trabalho e proíbe que a contribuição sindical seja feita por meio de consignação em folha de pagamento. Obriga os sindicatos a realizar a cobrança por meio de boletos, favorecendo assim os bancos e retirando recursos daqueles que lutam por justiça.
Em face deste cenário, o nosso primeiro de maio, que deveria ser uma data festiva, é mais um DIA DE LUTA. Luta contra um governo que não reconhece o valor dos trabalhadores, com ataques sistemáticos aos nossos direitos, que não enxerga o real valor das entidades sindicais para a sociedade e para a democracia.
Não há dúvida de que um conjunto de trabalhadores tem mais força para agir do que cada um por si, individualmente. Junte-se a nós!
Nesse dia do trabalhador e todos os dias, nós seguimos na luta!