Neste 8 de março, a luta histórica das mulheres pelo respeito à sua liberdade e à sua própria condição de gênero deve ser lembrada e reverenciada não reduzindo a mulher apenas à condição de “bela” e de “mãe”, dissociando-a do papel que exerce no cotidiano da humanidade.
Mulheres heroicas, desde Anita Garibaldi, que empunhou armas na Revolução Farroupilha e defendeu os seus ideais na Itália, passando pela alemã Louise Otto, que em plena Prússia machista de 1865, criou a Associação Geral das Mulheres Alemãs, pela revolucionária polonesa Rosa Luxemburgo, pelas mulheres de Leningrado, que subiam aos telhados das fábricas e com as próprias mãos jogavam as bombas que não explodiam em baldes d’água, chegando às lutas do movimento feminista da década de 60 e 70, até os dias de hoje, onde a mulher exerce funções de liderança em vários países, a história recente das mulheres deve ser reverenciada como sendo de conquistas.
Como não lembrar a corajosa birmanesa San Suu Kyi, presa desde 1990 por defender a democracia no seu país? Da pequena comunista Elza Monerat, uma gigante nos primeiros combates no Araguaia? Da professora Celina Guimarães, a primeira mulher a fazer o alistamento eleitora no Brasil? Ou de Alzira Soriano, eleita prefeita de Lajes em 1928 e que teve seu mandato cassado por que a Comissão de Poderes do Senado anulou todos os votos femininos? Ou das milhares de Marias que são violentadas pela sociedade ou pelos seus parceiros, que não tem a mesma remuneração dos homens e que são transformadas em mercadorias por um mercado consumidor ávido em explorar o erotismo banalizador?
Na passagem deste 08 de Março, o ATENS Sindicato Nacional parabeniza todas as mulheres pelo seu Dia de Luta e soma-se às entidades que comemorarão a data, conclamando Homens e Mulheres à avançar na busca de uma Sociedade Justa e Soberana.
Mais do que homenagens, é hora de reverenciar e refletir sobre o papel da Mulher na Sociedade.
Viva a Luta, a Coragem e a Determinação das Mulheres!